quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Consciência de uma perda



Fugir até o fim da vida, do pensamento de que se perdeu a própria vida; perdendo a coisa mais valiosa, mais preciosa que a própria vontade de viver.
É o que faço.  Mas não consigo.

Correr a procura de auxílio, um auxílio aflito, de uma certa urgência, que faria a vida voltar à sua antiga forma de ser, vivendo com muita vontade.
É o que tento fazer.  Mas não consigo.

Tomar consciência da vida, do peso que se tem que viver e carregar até o fim da vida, alegremente, naturalmente, intensamente.
É o que gostaria de fazer.  Mas não consigo.

Estimular toda essa imensidão de sentimentos guardados dentro da vida que se vive dia a dia; nessa realidade marcada; prá poder abrir os olhos e enxergar o novo dia que está nascendo, todo cheio de vida, vida nova com ar puro e respirável.
É o que devo fazer . . .  Será que consigo?

Não ter vergonha de pedir ajuda prá que tudo isso aconteça é o mais certo.  Eu peço.

Lygia Richieri  (com 14 anos) Campos do Jordão, 21 de  Junho de 1978

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