terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sutil igual batida de trem. (juro que não sei quem sou)


Flor

Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.
Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.
Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.
Submeto-me e sinto-me quase alegre,
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
 
Fernando Pessoa