quinta-feira, 30 de junho de 2016

Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras

Existe um ditado árabe que diz: “Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras!”

Isso porque antigamente as tamareiras levavam de 80 a 100 anos pra produzir os primeiros frutos. Atualmente, com as técnicas de produção modernas, esse tempo é bastante reduzido, porém o ditado é antigo e sábio.
Conta-se que certa vez um senhor de idade avançada plantava tâmaras no deserto quando um jovem o abordou perguntando: ´Mas por que o senhor perde tempo plantando o que não vai colher?´
O senhor virou a cabeça e calmamente respondeu: “Se todos pensassem como você, ninguém colheria tâmaras”.
Tradução: não importa se você vai colher, o que importa é o que você vai deixar… Cultive, construa e plante ações que não sejam apenas para você, mas que possam servir para todos e para o futuro.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Felicidade

"O que você vê é uma proteína de miosina arrastando uma endorfina ao longo de um filamento para a parte interna do córtex parietal do cérebro, que cria felicidade. Você está olhando para a felicidade".

Tenho dias de fada e tenho dias de bruxa

Tenho dias de fada e tenho dias de bruxa... 
Metade de mim é fada, a outra metade é bruxa. Uma escreve com sol, a outra escreve com a lua. Uma anda pelas ruas cantarolando baixinho, a outra caminha de noite dando de comer à sua sombra. Uma é séria, a outra sorri; uma voa, a outra é pesada. Uma sonha dormindo, a outra sonha acordada. Sou assim... meio maga patalógica, meio el diablo, meio insossa, nada disso e tudo isso junto e misturado. Sei o que sei, quero saber o que não sei. Sou, mesmo quando não sou e estou mesmo quando não estou - aprendi todas as contrariedades: existo ainda mais na ausência. Sou curiosa, nada sutil, quase sem pavio. Fui crime... serei poesia. Sou consternada, inconformada, apaixonada, namorada. Na maioria das vezes sou claramente confusa e de uma clareza atordoante. Queria ser melhor, mas faço o que posso. Acontece que não errar às vezes é errar em dobro. Penso e “des-penso” mil vezes por milionésimo de segundo. Acho que sei, sei que sei, e muitas vezes não sei de nada. Mas sei!
Experimente me entender, neste emaranhado de coisas. Eu sou feita de: Sonhos interrompidos, detalhes despercebidos, amores não resolvidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou: Amor e carinho constante, distraída nunca o bastante; Não paro por um instante. Já tive noites mal dormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles que eu julguei e coisas que eu falei. Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo. Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei (e ainda uso), os nervos a flor da pele em dias intercalados, os segredos que guardei. Eu sou minha praia preferida; Aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai. Eu sou o que eu lembro. E busco incessantemente o que não lembro. Sou a saudade imensa que sinto da minha mãe, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora; eu sou aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de filme que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, sou o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junto, a gargalhada, o beijo. Eu sou o que eu desnudo. Ou escondo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, sou desprezo pelo que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Sou aquela que rema, que cansada desiste lamentando a fraqueza; sou a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, eu sou o que eu queimo. Eu sou aquilo que reivindico, o que consigo gerar através da minha verdade e da minha luta. Eu sou os direitos que tenho, os deveres aos quais me obrigo, eu sou a estrada por onde corro atrás, serpenteio, atalho, busco, eu sou o que eu pleiteio. Sei bem que a ignorância é a maior multinacional do mundo. Sou revolta e inércia. Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Eu estou bonita, mas não sou bela. Tenho pecados, mas não sou o diabo. Sou boa, mas não um anjo. E eu não sou só o que como e o que visto. Eu sou o que eu requiro, recruto, rabisco, trago, gozo e leio. Eu sou o que ninguém vê. Tenho vontades para suprir e um monte de janelas para abrir. Sem saída, aceito minha condição restrita, mas faço ser intenso tudo que já conheci. Posso até ser limitada do lado de fora, mas as minhas recordações não me deixam mentir: aqui dentro o espaço é imenso!...Um dia você Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Mas não deixo de continuar tentando.
(Esta é uma compilação de textos encontrados na internet ao longo do tempo. Infelizmente não tenho os créditos. Não foi proposital.)

domingo, 19 de junho de 2016

sexta-feira, 17 de junho de 2016

O universo é uma imensa máquina giratória

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“Imagine que o universo é uma imensa máquina giratória. Você quer ficar perto do centro da máquina – bem no eixo da roda -, e não nas extremidades, onde os giros são mais violentos, onde você pode se assustar e enlouquecer. O eixo da calma fica no seu coração. É aí que Deus reside dentro de você. Então, pare de procurar respostas no mundo. Simplesmente retorne sempre ao centro, e sempre vai encontrar a paz.”
Elizabeth Gilbert em: Comer, rezar, amar

Olha só eu na TPM

Olha só eu na TPM atrás de um chocolatinho. Rá!

domingo, 12 de junho de 2016

Aos namorados do Brasil

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Dá-me, Senhor, assistência técnica
para eu falar aos namorados do Brasil.
Será que namorado algum escuta alguém?
Adianta falar a namorados?
E será que tenho coisas a dizer-lhes
que eles não saibam, eles que transformam
a sabedoria universal em divino esquecimento?
Adianta-lhes, Senhor, saber alguma coisa,
quando perdem os olhos
para toda paisagem,
perdem os ouvidos
para toda melodia
e só veem, só escutam
melodia e paisagem de sua própria fabricação?
Cegos, surdos, mudos - felizes! - são os namorados enquanto namorados.
Antes, depois são gente como a gente, no pedestre dia-a-dia.
Mas quem foi namorado sabe que outra vez
voltará à sublime invalidez
que é signo de perfeição interior.
Namorado é o ser fora do tempo,
fora de obrigação e CPF,
ISS, IFP, PASEP, INPS.
Os códigos, desarmados, retrocedem
de sua porta, as multas envergonham-se
de alvejá-lo, as guerras, os tratados
internacionais encolhem o rabo
diante dele, em volta dele. O tempo,
afiando sem pausa a sua foice,
espera que o namorado desnamore
para sempre.
Mas nascem todo dia namorados
novos, renovados, inovantes,
e ninguém ganha ou perde essa batalha.
Pois namorar é destino dos humanos,
destino que regula nossa dor, nossa doação, nosso inferno gozoso.
E quem vive, atenção:
cumpra sua obrigação de namorar,
sob pena de viver apenas na aparência.
De ser o seu cadáver itinerante.
De não ser. De estar, e nem estar.
O problema, Senhor, é como aprender, como exercer
a arte de namorar, que audiovisual nenhum ensina,
e vai além de toda universidade.
Quem aprendeu não ensina. Quem ensina não sabe.
E o namorado só aprende, sem sentir que aprendeu,
por obra e graça de sua namorada.
A mulher antes e depois da Bíblia
é pois enciclopédia natural
ciência infusa, inconsciente, infensa a testes,
fulgurante no simples manifestar-se, chegado o momento.
Há que aprender com as mulheres
as finezas finíssimas do namoro.
O homem nasce ignorante, vive ignorante, às vezes morre três vezes ignorante de seu coração e da maneira de usá-lo.
Só a mulher (como explicar?)
entende certas coisas
que não são para entender. São para aspirar
como essência, ou nem assim. Elas aspiram
o segredo do mundo.
Há homens que se cansam depressa de namorar,
outros que são infiéis à namorada.
Pobre de quem não aprendeu direito,
ai de quem nunca estará maduro para aprender,
triste de quem não merecia, não merece namorar.
Pois namorar não é só juntar duas atrações
no velho estilo ou no moderno estilo,
com arrepios, murmúrios, silêncios,
caminhadas, jantares, gravações,
fins-de-semana, o carro a toda ou a 80,
lancha, piscina, dia-dos-namorados,
foto colorida, filme adoidado,
rápido motel onde os espelhos
não guardam beijo e alma de ninguém.
Namorar é o sentido absoluto
que se esconde no gesto muito simples,
não intencional, nunca previsto,
e dá ao gesto a cor do amanhecer,
para ficar durando, perdurando,
som de cristal na concha
ou no infinito.
Namorar é além do beijo e da sintaxe,
não depende de estado ou condição.
Ser duplicado, ser complexo,
que em si mesmo se mira e se desdobra,
o namorado, a namorada
não são aquelas mesmas criaturas
que cruzamos na rua.
São outras, são estrelas remotíssimas,
fora de qualquer sistema ou situação.
A limitação terrestre, que os persegue,
tenta cobrar (inveja)
o terrível imposto de passagem:
"Depressa! Corre! Vai acabar! Vai fenecer!
Vai corromper-se tudo em flor esmigalhada
na sola dos sapatos..."
Ou senão:
"Desiste! Foge! Esquece!"
E os fracos esquecem. Os tímidos desistem.
Fogem os covardes.
Que importa? A cada hora nascem
outros namorados para a novidade
da antiga experiência.
E inauguram cada manhã
(namoramor)
o velho, velho mundo renovado.

Carlos Drummond de Andrade

A força sem amor

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Tarefa diária recomendada por especialistas de todas as áreas

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