Um grande homem morreu hoje. Ele não era um líder mundial, nem um médico famoso, nem um herói ou um ídolo do esporte. Não era um magnata dos negócios e vocês nunca viram o nome dele no jornal. Mas ele foi um dos melhores homens que já conheci. Esse homem era o meu pai. Ele nunca esteve interessado em receber créditos ou honrarias. Fazia coisas banais, como pagar suas contas em dia, trabalhar honestamente todos os dias de sua vida e assim contribuir ativamente para o bem de sua comunidade. Ajudava os filhos com seus conselhos sensatos naturalmente como quem almoça e janta, pisca os olhos, escova os dentes, essas coisas. Natural. Achava o máximo receber seus filhos e os amigos deles para animadas reuniões em sua casa. Esta é a minha primeira noite sem meu pai. Não sei o que fazer. Hoje me arrependo pelas vezes em que fui impaciente com ele, dei respostas malcriadas, ou não tomei conhecimento do que ele dizia. Mas estou agradecida por muitas outras coisas. Estou agradecida por Deus ter me deixado ficar com meu pai por setenta e seis anos. E fico feliz por ter podido dizer a ele o quanto o amava. Esse homem maravilhoso não morreu com um sorriso no rosto, mas com o coração realizado. Ele sabia que foi um grande sucesso como marido, como pai, como irmão, filho e amigo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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