A maioria das coisas mostradas aqui também pertencem ao meu catálogo de memórias de infância, com umas adaptações aqui e ali. Mas a essência do que a autora quis passar é a mesma.
Tenho tantas memórias felizes e muitas outras que simplesmente se evaporaram da minha mente como fumaça ao vento. Muita coisa passada nessa época eu imagino. Mas tive uma infância feliz (dentro de um contexto adverso) e tive o privilégio da facilidade de brincar na rua sem medos e neuroses, saindo de manhã e voltando para casa somente na hora do almoço, sem muitas explicações e relatórios. Tudo era mais simples, mais gostoso, mais intenso e mais verdadeiro.
Lembro-me bem que cheguei a usar o tipo de carteiras escolares mostradas na foto número 6, porém a caneta tinteiro já era mais moderna com um reservatório de tinta interno, sem a necessidade de usar aqueles potinhos de tinta que ficavam na própria carteira. Naquela época, nós só usávamos lápis até que em uma determinada série (que eu não me lembro bem agora qual era) havia a cerimônia de entrega das canetas e nós ganhávamos uma de presente de nossos pais e só a partir daí passávamos a usar essas mágicas canetas tinteiro. Eu amava as minhas.
Logo depois apareceram as primeiras esferográficas e as canetas tinteiro foram aposentadas.
Outra lembrança clara que tenho é o fato de que todas as vezes que um professor, professora ou a diretora da escola entravam na sala, todos os alunos se levantavam imediata e automaticamente, permanecendo em pé e em silêncio até que fôssemos autorizados a sentar novamente. Tínhamos respeito pelos mais velhos e havia uma hierarquia (imposta sim), mas não menos natural e necessária.