Histórias da Família Cersósimo

A casa da minha avó Lydia
>Em 17/11/2011, o Tio Guilherme mandou um e-mail:
  - E AÍ ? ALGUÉM SE LEMBRA DISSO? 

    BEIJOS A TODOS.
    TIO GUI.

>Em 18/11/2011, a Lica respondeu:
 -Eu lembro bem!! Tio.
-Que demais seu desenho. Singelo!! Exatamente como a casa!!
-Eu vinha correndo e me jogava nos buchinhos da entrada, de formato reto e podado. Folhinhas redondinhas e verdinhas. Vivia toda arranhada!!
-Do lado esquerdo da escada da cosinha, atrás, na divisa lateral, tinha uma cerca com varas de marmelo!! Eterna ameaça:
"Vai apanhar com varas de marmelo"!!... Nunca apanhei!!
-A janela frente , a esquerda, acho que era do quarto da vovó! Tinha uma comoda alta, e nos pegávamos os tapetinhos laterais da cama, feitos a mão, tipo crochê, meio pesados, que serviam de saias, tipo havaianas, e dançávamos em cima da cama pulando! Eu, Leme, Lygia?
-Em frente a casa, acho que tinha uma cerca de cedrinho, com um portão, que saindo e atravessando a rua em frente, tinha um lindo campo de miosotis azuis, bem na altura da nossa vista. Acho que a Toscana deve ser assim!!
-A casa era bem assim: clarinha, cinza ou azul claro, com tábuas em mata junta. As janelas de vidro eram por fora! As venezianas por dentro... E o formato era meio vertical.
- Tinha um porão, cujo piso em madeira ficava um meio metro acima do terreno sobre colunas de tijolos.
- A casa era em quatro águas de telhado, com telhas tipo paulistinha (telhas de barro planas), sem calhas de recolhimento.
- A banheira, ao lado esquerdo de quem entrava no banheiro, era de louça , ou metal, branca e tinha umas manchas pretas. O banho era de caneca, e latas de água quente, vindas do fogão a lenha!!
- Existia um escovão para o piso de madeira, que estava sempre impecávelmente brilhando.
-O piso vermelhão da cozinha brilhava! Sempre. Era meio desnivelado. O forro era de treliça? Acho que sim.
- A lata de água, era amarela e vermelha sobre o fogão a lenha!!
- O cheiro da casa de vó!
-A comida fresquinha!!
-O vovô, de terno, contando histórias, (estórias), ou de pijamas azuis, claro com bolsos na blusa , de manhã! O jornal, cedo, todo dia. 
-Chama a vovó: "Ôh Lid... Ôh Li..." (o "d" do Lidia era mudo)
-A vovó pondo roupas no varal. Fazendo uma comida boa no fogão. Sempre, sempre, sempre trabalhando. Nunca vi a vovó fazendo hora... sempre trabalhando na casa, ou fazendo comida.
-Ah... E que comida boa!!!
-A Laurinha era uma vizinha! 
-E quando vinham os primos, Hélio, Paulo e Roberto, era uma festa!!!
-Aii, que delicia! Aii que saudades...! Vida simples!! Boa!!
-Quem viveu, sabe!!
  -Ai... que delicia!!
-E o mundo, hoje, se pergunta como é viver de modo sustentável!! Saudável! Sem atrapalhar a natureza!! KKkkkk! A gente sabe!!.E sabe muito bem!! 
-1000 beijos, Tio.
-Obrigada pela lembrança!!
-Te adoro.
Lica


>Em 18/11/2011, o Tio Guilherme respondeu:
-OI LICA, VC DESCREVEU TUDO COMO SE ESTIVESSE LÁ VENDO AS COISAS E AS PESSOAS,
-OBRIGADO POR TER FEITO EU CHORAR. QUE LEMBRANÇA MARAVILHOSA.
-TENHO MAIS ALGUNS RASCUNHOS, FEITOS A "BICO DE MOUSE", DA CASINHA E DE ALGUNS OBJETOS DE LÁ. -VOU ENVIAR PARA TODOS. PODE SER QUE LEMBREM E
QUE SIRVA DE MODELO PARA VOCÊ E O BETO, QUE SÃO DO RAMO, POSSAM APRIMORAR.
-BEIJOS PARA TODOS.
 TIO GUI


> Em 19/11/2011, a Beia respondeu:
-Ahhhh... Eu não era nem projeto!!!
(... mas mesmo assim chorei!!)
Beeijos a todos.
Beia
 

> Em 19/11/2011, o Leme escreveu:
-Também chorei quando li... Beijos a todos!
Leme

> Em 19/11/2011, eu Lygia, entrei nessa conversa :
- Oi todo mundo. N
ão precisa nem falar o quanto eu gostei de ler tudo isso, pois acho que a mais saudosista de todos. Faz tempo que estou com essa necessidade intensa e incessante de resgatar minhas (nossas) memórias, sejam elas da Dora Lygia, do Cezário, da Vovó, do Vovô, etc. - Minhas poucas memórias dessa casinha dos avós mais amados do mundo, acho que são de outra vida e não dessa, porque sou a pessoa mais friorenta que existe no universo e o que eu me lembro dessa casinha, é que eu tinha um calor que vinha não sei de onde (metabolismo de criança é sempre mais acelerado) e eu me deitava no chão do banheiro (que era de ladrilho hidráulico branco e marrom) para me refrescar.
- Quem for lembrando mais coisas, vai escrevendo.
- Tio Gui, ainda estou esperando os seus relatos sobre a Dora Lygia. A p
ágina dela está esperando você para ser inaugurada.
Beijos a todos.
Lygia

> Em 21/11/2011, a Lica respondeu:

-Oi Tio. Oi Leme. Oi todo mundo.
-Ontem, arrisquei este desenho da casa da Vovó-Vovô.
-Eu acho que poderia ser um desenho de todas as mãos, onde cada um pode completar, mudar, colorir, sei lá, de acordo com o que lembram. Que tal? Vamos fazer um resgate?
-Eu usei aquele programa do Ipad, sabe Tio? Daí, todo mundo pode usar também.
1000 beijos.
Lica


>Em 21/11/2011, o Tio Guilherme respondeu:
 
OI LICA ,
AINDA BEM QUE IPAD NÃO BORRA.
PARABENS,NÃO CONSIGO FALAR MAIS NADA POR ORA.
BEIJOS PARA TODOS.
TIO GUI.
PS- ESTOU ENVIANDO MAIS DETALHES,TENHO CERTEZA QUE VAMOS RECOMPOR MUITA COISA.



>Em 21/11/2011, a Lica escreveu:
-O Vovô com jornal e a Vovó de ...salto alto, no varal!
-Era assim, né?
- Ahah!,,!!,, Que legal!
Lica

>Em 21/11/2011, o Leme responde:

-Não tinha um buchinho do lado direito e ao longo do caminho que ia do portão até a casa?
-As pereiras no quintal do fundo que, em época de colheita, vinham os homens do mercado com aquelas varas de tirar as peras e enchiam caixotes e caixotes de madeira....
-Como era o nome da sra. lavadeira que morava na casinha ao lado? Várias filhas, uma se chamava Alice...
-E o caminhão FeNeMê barulhento da Incos, tinha cara de mau e eu tinha medo dele...
-E o grito "OOOOOOOOOOOPP" que o vovô dava ao fechar a porta do posto do seu Horácio Padovan prá ver se não tinha ficado ninguém lá dentro.
-E o guincho do Zé Café? 
-O Helinho atolou ou bateu o carro na última curva cotovelo chegando no topo do morro do Elefante??
-Vamos lembrando...
Leme

>Em 21/11/11, Sergio Cagno escreveu:
-Oi Família.
 -Lembro que a cerca viva formava um túnel no portão por onde entrávamos.
-Viajei, sonhei ou imaginei na ingenuidade da infância ?
 Beijos
Sergio


>Em 22/11/2011
o Tio Gui mandou mais um desenho :
-OI LICA E TODOS OS DEMAIS ENVOLVIDOS.
-EU TAMBEM ESTOU ADORANDO ISTO.
-SEGUE UM CROQUIS DA LOCAÇÃO DA CASA , ÁRVORES E CERCAS DO TERRENO.

 -PARA SUA ORIENTAÇÃO O TERRENO TINHA 20 METROS DE FRENTE E 50 DE FUNDO.
-PARA VOCÊS VEREM O TAMANHO DA NOSSA INFÂNCIA.
-LOGO MAIS ENVIAREI OUTROS DETALHES.
BEIJOS.
TIO GUI.

>Em 22/11/2011 a Lica respondeu:

-Tio!! Tá demais!!
-Vamos ter que fazer uma festa pra celebrar tudo isso!!
-Eu não lembrava que o quintal era dividido assim!!
Mas acabei de lembrar do chorão no fundo do quintal!! Como podia ter esquecido!!
-E... a cor do rio... realmente você foi sincero!! Era marrom mesmo!!!
-E o imenso, imenso portão da Incos.
Ah!! 
beijos
Lica

>Em 22/11/2011 o Tio Gui complementou:
-AQUI VAI UMA PERSPECTIVA DA CASINHA


-E TAMBÉM UM DESENHO DA MÁQUINA DE MOER CARNE QUE A VOVÓ USAVA PARA FAZER PORPETAS OU KIBE.
TIO GUI


>Em 22/11/2011 a Lica respondeu:
Tio!
-Eu lembro disso!!!!!!
-Dessa máquina de moer carne!!!!!
Lembro da mão da Vovó, pegando a carne, saída da máquina!! E do barulho da manivela e da carne moendo!!!
-D e m a i s...!
-Imagina falar sobre isso pra Giulia e Gio?
-E pra Manú e Bibina então?! É muito rústico!!

Lica
  
>Em 22/11/11, o Dudú escreveu:
-Lamentavelmente, pouco tenho para acrescentar nessas memórias, pois nem era
nascido.
-Começo a resgatar minhas vagas lembranças da casa de Capivarí.
-O Bairro mudou. A casa mudou. Mas o cheirinho da casa da Vó, o terno do vovô sempre impecável, com seu relógio de bolso pendurado na corrente. Ainda
lembro do barulho quando ele dava corda pra frente e pra trás (roc,roc,roc), o pijama também era azul, não sei se o mesmo, já as estórias com certeza não
mudaram (Titrulo, Mingucho, Michica ....). A vó também nessa casa não parava de trabalhar e cozinhar. Quando chegava na hora do lanche da tarde lá vinha aquela meia bengala untada com margarina para os netos, ou, com mais sorte ainda, lá vinha o bolinho de chuva. Pena que criança é chata para comer.
-Eu lembro da sala de entrada onde ficava o telefone preto, pesado como chumbo com o fio encapado com uma espécie de linhas entrelaçadas marrom.
Esse telefone ficava numa mesinha defronte à janela com sua cortina sempre branquinha. Aliás essa cortina servia como arma para esmagar as moscas
contra a janela. Era muito mais gostoso matar as moscas com a cortina do que com os mata-moscas que ficavam ao lado. O varal também me lembro um pouco, com aquelas hastes de alumínio, quase sempre empenadas.
-Aos desenhistas de plantão, se sobrar tempo, que tal um desenho?
-À geração mais nova, se puderem ajudar com as memórias, vamos lá.
Beijos.
Dudú.

>Em 22/11/2011 a Lica respondeu:
-Isso mesmo Dudú!!!! Que legal!
-A cortina era assim mesmo. As janelas de madeira.
-O quintal era grande, né? E o telefone era mesmo pesado!!
-E o relógio do vovô? cadê?
-Era demais ele dando corda!! Também lembro!
-Nossa! cada um lembra uma coisa! Que delícia!
-E as estórias !!! São as mesmas do tempo do Tio Gui, Roberto, Hélio?...Paulo , Sergio?
-Daqui a pouco temos que fazer uma festa, pra revermos isso, com macarronada e vinho, e torta de maçã, e enroladinho de goiabada, e...,e... etc, etc, etc...
Lica



>Em 22/11/2011 o Beto escreveu:
-Eu me lembro bem da máquina de moer carne. Era a mesma em que ela fazia macarrão? Lembro da vovó girando a manivela e  cortando gnochi e fazendo tagliarini. E que ela tinha um tipo de 'bocal' pra cada formato de massa.
-Lembro bem da casa de Capivarí que a gente enchia todo o chão da varanda envidraçada com almofadas e a gente ficava mergulhando e pulando. Em que ano eles mudaram do Capivarí?
Beto



>Em 22/11/2011, o Leme escreveu:
-A máquina de fazer macarrão era outra e acho que está com a Beia. 
-Eles mudaram de Jaguaribe para o sobrado na rua Inácio Caetano (em cima da casa da D. Mafalda) em 67, ficaram lá acho que até 70.
-Lembro de uma foto da mamãe e da tia Inês nessa casa, ambas grávidas (Beto e Zuco) e dando risada.
-De lá, eles se mudaram para a casa ao lado do Prof Arakaki, ainda na Inácio Caetano. Aí sim, foram para a casa do Capivarí. Acho que vieram para a Vila Paulista em 77. Quando mudaram de Capivari, o vovô deixou a coleção de "Seleções" dele (dezde 1942) na casa, acho que não quiz trazer... Lembro que fiquei bravo quando soube, queria ter ficado com ela!
Leme
>Em 22/11/2011, o Paulo Cagno escreveu:
-E as pereiras, peras duras das quais a tia Lydia fazia geléias e doces no tacho, em cima do
fogão a lenha, sempre aceso com aquele cheiro caseiro típico, com as historias do sempre querido tio Gildo sobre o gigante Amaral e outras tantas, sem contar o banho de banheira com a famosa "cachoeira do Paulo
Afonso", isso na casa de Jaguaribe, sem contar os muros de cerca viva de cipreste.

Paulo


> Em 22/11/2011, eu Lygia escrevi :

- Oi todo mundo. Aí estão algumas fotos da batedeira da vovó. Pesadona, forte, eficiente como a vovó tamb
ém foi.



 - Quantos bolos, tortas, massas de coisas deliciosas ela bateu nessa batedeira . . .
-Quantas vezes eu fiquei observando enquanto ela executava suas receitas maravilhosas.
- Sempre, depois de bater as massas dos bolos, ela deixava a gente lamber a massa crua com o pão duro. Mas, para que a gente não ficasse pedindo muito, ela inventou uma estória de que massa de bolo crua dá dor de barriga.
Beijos.
Lygia


> Em 22/11/2011, o Tio Gui respondeu:
-OI TURMA.
-PRECISO REGISTRAR, QUE ESSA BATEDEIRA, EU QUE DEI DE PRESENTE PARA A VOVÓ, E FOI COMPRADA COM DESCONTO ESPECIAL POIS EU ERA FUNCIONÁRIO DA WALITA.
-LÁ EU FUI CRONOTÉCNICO E CRONOMETRAVA  E CONTROLAVA O  TEMPO DASMONTADORAS NA LINHA DE MONTAGEM. QUISERA EU CONTROLAR O TEMPO AGORA, QUANTA COISA BOA A GENTE PODERIA FAZER VOLTAR.
-É MUITA SAUDADES, MAS DO TIPO DE SAUDADES DELICIOSAS, VENDO VOCÊS CURTINDO E PARTICIPANDO DE TUDO ISSO. É UM ORGASMO FALIMILAR.BEIJOSTIO GUI

>Em 22/11/2011, o Tio Gui escreveu:
LICA E LEME.
LEMBRAM?
BEIJOS.
TIO GUI

>Em 22/11/2011, a Lica respondeu:
-Lembrei sim da Santa. Só nao sabia que era Santa Rita!! E lembrei do vidrinho de baunilha, sobre a geladeira (na casa da Vila Paulista) que foi confundido com N. Senhora! KKkkkkkkkk.
Lica

>Em 22/11/2011, o Tio Gui mandou mais um esboço:

>Em 22/11/2011, a Lica respondeu:
-É a banheira!! Era assim. E o chão. Lembrei agora!!!
Ai, que legal!!!
Lica



>Em 23/11/2011, a Beia escreveu:

-Eu tenho a memória de um gramofone preto. Não sei se cheguei a vê-lo funcionando, mas eu brincava bastante com ele. Alguém mais se lembra disso??
Beejos.
Beia
>Em 23/11/2011, o Leme respondeu:
-A corda estava quebrada mas prometiam que iam arrumá-la na "forja", que era uma palavra misteriosa pra mim (e é até hoje, já que nunca apareceu a forja e a corda nunca foi arrumada)... Mas de qualquer forma, brinquei muito com ele em Jaguaribe. O vovô tinha alguns discos 78rpm que eu fazia tocar girando o disco com a mão mais ou menos na rpm. Eu achava ótimo, mas hoje imagino que era horrível pra quem estava perto escutando. Íamos na Incos comprar caixinhas de agulhas para essa vitrola. Eram caixinhas metálicas, as agulhas pareciam preguinhos e não duravam muito mais que algumas tocadas antes de gastarem. Acredito que os discos tb gastavam tamanha a agressividade de tais "agulhas pregos" e o peso do braço da vitrola....

-A vitrola deve ter sobrevivido até a casa da Inácio Caetano 927, mas não lembro da Beia brincar com ela. Acho que a essa altura, a caixa de madeira já não existia mais, apenas a estrutura onde tinha o duto do som, o braço, o prato do disco e a maquina de corda por baixo. Vejam o filme no youtube e vão lembrar!
 


Beijos.
Leme
>Em 23/11/2011, o Tio Gui respondeu:
-OI LEME,
EU JÁ TINHA ESBOÇADO A VITROLA E SÓ NÃO ENVIEI PORQUE IMAGINAVA QUE VOCÊ NÃO IA  SE LEMBRAR. OS DISCOS QUE TÍNHAMOS ERAM: TOMMY DORSEY, BLUE MOON COM DORIS DAY E ALGUNS BOLEROS DO GREGÓRIO BARRIOS.
-ESTAVA ESPERANDO A APORTUNIDADE DE CONTAR ISSO COM DETALHES PARA O LICO QUE É DO RAMO. -VOU ANTECIPAR. MUITO INTERESSANTE. A FORJA ESTAVA NA CASA DO ADOLFO ABRANTES, NA OFICINA DO PAI DELE.
BJS
TIO GUI

>Em 24/11/2011 a Lica escreveu:
-Oi Tio! Oi Leme!
Que legal a vitrola. Não me é estranha, nem um pouco! Mas não lembraria sozinha!
beijos.
Lica
>Em 26/11/2011 o Tio Gui escreveu:
-OI LICA E TURMA.
-VAI AQUI UMA OUTRA LEMBRANÇA DA CASA DA VOVÓ. ACHO ATÉ QUE OS MAIS "VELHOS" LEMBRAM.
-O APELIDO DA FIGURA ERA GIRAFA POR SER ESPIGADO  E MAGRO COMO O DESENHO SUGERE.
-O NOME DELE NUNCA ALGUÉM SOUBE, PENSO QUE NEM ELE SABIA. -ANDAVA POR CAMPOS DO JORDÃO INTEIRO ATÉ ESGOTAR O SEU ESTOQUE. MAS ELE XINGAVA DEUS E TODO MUNDO, RINCIPALMENTE OS MOLEQUES QUE O CHAMAVAM DE GIRAFA.
-ERA UM MATUTO, SITIANTE DO SUL DE MINAS, ACHO QUE ERA DE CANDELÁRIA. ELE VINHA SEMANALMENTE PARA CAMPOS, ATRAVESSANDO  A SERRA PARA VENDER ALGUNS ARTIGOS  DO SEU SÍTIO. TRAZIA OS DOIS JACÁS SUPERLOTADOS PENDURADOS NO CAVALO, E A VOVÓ ERA SUA FREGUESA CONSTANTE. COMPRAVA SEMPRE BANANA PRATA E LARANJA LIMA. A VENDA DA LARANJA ERA EM CENTOS.A VOVÓ COMPRAVA SEMPRE UM CENTO OU ATÉ CENTO E CINQUENTA. ERAM LARANJAS PEQUENAS  MAS MUITO DOCES E O VOVÔ ADORAVA E CHUPAVA NO MÍNIMO UMAS TRINTA DE CADA VEZ. -TIRAVA ATÉ O PALETÓ. MAS O GIRAFA ERA SUPER ANTIPÁTICO, RANZINZA, MAU HUMORADO E NÃO ADMITIA QUE SE PECHINCHASSE NO PREÇO. A VOVÓ NÃO SE CONFORMAVA POIS ERA UMA ESPECULADORA DE PRIMEIRA.NÃO SEI SE ALGUNS DE VOCÊS CHEGARAM A IR NA FEIRA COM ELA. SE FORAM DEVEM SE LEMBRAR BEM DESSA FACETA DELA.
-POIS BEM, ENTÃO O GIRAFA CEDIA. MAS ERA CONDIÇÃO DO DESCONTO, QUE A VOVÓ DEIXASSE O CAVALO PANGARÉ DELE, EMBORA AMARRADO, FICAR PASTANDO NO QUINTAL DE JAGUARIBE, QUE ERA GRANDE, ENQUANTO ELE IA FAZER AS COMPRAS DELE NA CIDADE PARA LEVAR AO SÍTIO. COMO ELE SABIA QUE A VOVÓ TINHA UMA HORTINHA ELE, NUM GESTO MAGNÂNIMO DE NEGOCIAÇÃO, DEIXAVA CLARO QUE ELA PODIA FICAR COM O EXTRUME DO CAVALO PARA FAZER ESTERCO. ELA ACEITAVA  DE BOM GRADO.
-LEMBRANÇA QUASE FOLCLÓRICA MAS VERDADEIRA.
-CONFIRMEM SE ALGUÉM LEMBRAR DO GIRAFA.
BEIJOS
TIO GUI
>Em 26/11/2011, eu Lygia, respondi:
-Eu me lembro muito bem dessa figura tio Gui. Na nossa infância ele era bem conhecido da vizinhança. Por muitas vezes, ele chegava e colocava a cabeçona na janela das casas, quase uma invasão. Ele não tinha nenhuma noção de civilidade ou o que quer que seja. Coitado. Era um bronco vindo da roça. Nós tínhamos uma mistura de medo e curiosidade por ele. Uma certa vez, ele chegou sem avisar e sem pedir permissão alguma, colocou aquela mãozona cheia de calos com as unhas sujas da lida na roça, no saco de pipoca que alguma de nós estava comendo. Ele simplesmente enfiou a mão, derrubando pipocas por todos os lados e comeu tranquilamente. Achamos aquilo um absurdo. Hoje vejo que era só o jeito simprão dele ser.
Beijos.
Lygia


Em 26/11/2011, o Tio Gui me respondeu:
-LYJOCA.
-QUE BOM QUE VOCÊ SE LEMBROU. ELE ERA ISSO MESMO.
-AS DISCUSSÕES DELE COM A VOVÓ ERAM NO MÍNIMO, CÔMICAS.
BEIJOS.
TIO GUI
 

>Em 26/11/2011, o Tio Gui, mandou mais um desenho feito por ele, da casinha da vovó:
>Em 26/11/2011, o Tio Gui mandou mais um desenho:
-LICA ,LEMBROU AGORA.?
BEIJOS.
TIO GUI

Em 26/11/2011, o Tio Gui mandou mais um desenho feito por ele:
-A VOVÓ SUSTENTOU A GENTE COM ESSA FERRAMENTA.
BJS. TIO GUI

> Em 08/04/2012, o Tio Gui me mandou esse email maravilhoso.

- Oi Lyginha e toda nossa turma. Dirijo- me à Lygia que anda provocando  todo mundo e sempre arranca o que anda embutido. Falo a todos vocês da Familia.
Roubei esta foto da sua Grande Página de Dora Lygia.  Quiz comentar sobre ela.


Foi tirada em Jaguaribe ,no portão da frente de nossa casa.Deve ter sido em 1943,logo depois que mudamos para Campos.
Pelo contraste do sol e a falta de grama ou mato no chão, era um dia de inverno.
Lembro bem desse quintal. Esse portão da frente tinha um trinco que servia apenas para os cavalos não entrarem,  onde iam pastar e comer pera. De resto era um brinquedo da Dorinha que ficava pendurada nele ,indo e voltando, quando ela estava cansada do balanço que tinhamos no quintal.Ela não parava.
Dá para ver que o cedrinho era bem fechado ,uma protecão para  a poeira que levantava da rua da incos,que é essa rua que se ve em frente.
Do lado esquerdo  da foto havia uma casinha de madeira que nós chamavamos da casinha do leite. O  seu Antonio leiteiro,toda manha , vinha com a sua carrocinha azul,puxada por um cavalo mosquento, e deixava um litro de leite na casinha.Tocava um sininho para avisar. Só para ter uma idéia , eram daquelas garrafas de vidro, transparentes,brancas por causa da cor do  leite, como essas que aparecem em filmes antigos americanos  ou em desenhos animados.O  leite era produzido na usina do Lauretti,na verdade lá era só pasteurizado.A tal usina era  localizada ao lado da estrada de ferro,onde hoje é uma borracharia ,perto da entrada  da volta fria,ai mesmo na Abernéssia. 
Sequer havia a  avenida de baixo. Ah ! ,lembrei,na mesma caixinha do leite , em cima, havia uma tampa,onde era deixado o jornal Estadão,que o Nelson do correio deixava à tarde, pois o jornal só chegava no bonde das "duas",que vinha de Pinda,em conexão  com o trem de aço,da Central do Brasil, que fazia o trajeto São Paulo - Rio, em cerca de 10 a 12 horas.Era no Estadão que eu e a Dora começavamos a ler, antes do Grupo Escolar,com as dicas do vovô Gildo. 
Na mesma casinha do leite e do jornal,havia um espaço inutil.Talvez tenha sido copiado de algum modelo europeu.Aparentava ser um local para a lata de lixo,porém não havia coleta naquela época e nem após muitos anos. O lixo era jogado no pobre ribeirão Capivari, que passava no fundo do nosso quintal. Todos  que moravam na Jaguaribe faziam o mesmo.Os da Abernessia  também.O esgoto também ia para o rio.De toda a cidade também. Aliás,  lembro que o fogão era à lenha ,que se comprava por metro cúbico.Se os ambientalistas soubessem que há poucos anos essa era uma realidade  e  essa cultura ficou  ainda  radicada por um bom tempo,certamente hoje estariam preocupados com milhares de cidades e comunidades  brasileiras que vivem e viverão assim  por muitos anos.Fiscalizar onde já há consciência e auto censura é fácil. Voltando à foto do quintal, dá para ver um morro bem em frente,parecendo loteado,com algumas lindas  araucárias.Pois é, nesse morro é que foi construida a casa do seu Avelino,marido de dona Cecilia,a "mãejéca", mãe do Léo pombinho,Santo da Heide e do Irineu.
Hoje, quem passa pelo local identifica fácil o morro.Sobre a nossa vizinhança posso dizer que era fantástica.. Desde o inicio da rua ,tinhamos a venda do Neme.Que família !!!!! Sempre que posso registro a amizade e consideracão que tiveram conosco.Na época da guerra ,com as dificuldades que todos passavam,e nós , em particular, muito mais, nunca nos faltou um "fiado" tolerante para abastecer a casa e um ombro amigo. O registro não vale pelo fiado mas sim pela amizade sincera. .A dona  Joana sempre foi a grande amiga da Vovó.Em vida e sempre. Todos os Nejar, foram nossos amigos de infancia e ,os mais velhos, da adolescencia tambem. 
A Janete,Leila,Dudu,Vilma,Neminho e Martinha,,nunca faltavam nas nossas brincadeiras.
Cada quibe que comiamos,vou contar !
Seguindo na vizinhança, do nosso lado direito moravam os  Rachid, turma do Foze, gente boa. Do outro lado , com já disse  , a dona Cecilia e sua turma.Tinham um quintal maravilhoso, com paiol para guardar milho, galinheiro e até uma canoinha para navegar no rio sujo. Só tinha moleques.Brincadeiras até acabar o dia.Na outra casa morava um senhor,super amigo do vovô Gildo, seu Plinio, um solteirão,paquerado pelas,nao menos solteironas,professoras do grupo escolar,  o qual  tinha uma governanta, d. Januária.Essa d. Januaria,prestativa ao extremo,tinha uma sobrinha que morava em Louveira, chamava-se Faustina,da mesma idade da Dora,que vinha passar as férias em Campos.Ficaram amicíssimas, brincavam o tempo todo.A Faustina era muito interessante e sempre tinha novidades para contar.A  familia dela era toda  do circo e ela mesma Faustina ,embora criança aparecia na arena como figurante.
A  Dora,novidadeira,delirava  com tudo isso,com a estorias de palhacos e trapézio,contadas ao vivo.
 Voltando ao vizinho seu Plinio,lembro que ele era  da UDN, partido do Brigadeiro Eduardo Gomes, contra o Getúlio Vargas ,e o vovô simpatizante do PSP, do Ademar de Barros.Bons papos sobre politica e a guerra  que se desenrolava.Acho que só de escutar aprendia muito. Tudo isso com base no noticiario do Estadão e da Radio Nacional,ouvida do nosso radio Philips e o do vizinho,um radio Philco capelinha.Alem desses vizinhos havia ainda o dr Nelson Barbosa, dentista,casado  com D. Anita ,que tinham tres  filhos, moleques tambem,Vicentinho,Nelsinho e Ze Eduardo.Por fim,no fim  da rua , antes de chegar à Incos,morava o seu Alaor Ablas,oriundo de Santos,trabalhava tambem na Incos junto com Amadeu Carletti. O seu Alaor ,casado com a d. Cidinha,tinham  quatro filhos.Lembro da Sofia,Fifia,amiga constante da Dorinha,tinha até uma casinha de entrar dentro para brincar.Tinha o Guguto,a Sonia e mais uma garotinha cujo nome eu não lembro.Mais tarde, vim a saber que essa familia Ablas foi muito amiga da familia da Maria Ines em Santos.Na frente da rua estavam as casas dos empregados da Estrada de Ferro e numa delas morava o feitor da Estrada.Isto na estação Jaguaribe.Havia um desvio do trilho  do bondinho, no qual ficava estacionado e travado  aquilo que nós chamavamos de  "trolinho".Era uma prancha  de madeira,retangular,com cerca de  2 metros por 3, instalada sobre um chassis de ferro,no qual estavam acopladas 4 rodas de bondinho da EFCJ. Esse trolinho servia para o transporte dos empregados que faziam a inspeção e reparos  nos trilhos,dormentes e postes da ferrovia.
Era fascinante. Na sua tarefa, o feitor soltava o cadeado e entrava no trilho principal a caminho dos reparos.Havia um banquinho tosco no meio da prancha, com um buraco no meio de onde saia um pau comprido,que era um breque  ,como de carrinho de rolemã.Quem sentava nesse quase trono,obviamente era o feitor que comandava  com um grito " vai" a força que os peões ,em pé, faziam para tocar o trolinho. Eles ,geralmente uns 5 ou 6,munidos de uma firme vara de bambu,comprida,com um ponteiro de ferro, empuxavam o trolinho,apoiando, ao ritmo ditado pelo feitor, as varas  nos dormentes e disparavam  em uma velocidade que parecia um raio.Deslizavam. Eles iam ficando pequenininhos ao longe, no fim dos trilhos,um sonho.
Se fosse possível hoje descrever esse deslumbramento,seria como comparar o trolinho a uma gondola veneziana, apoiada na vara ,ao ritmo da barcarola do feitor "vai".
Por tres vezes eu e os moleques andamos nesse trolinho.De tanto pedir, por duas vezes o feitor deu uma carona e nos levou até uma biquinha uns duzentos metros adiante,para voltarmos à pe.A  terceira vez foi quando o Santo consequiu  abrir o cadeado e lá fomos nós.
Nunca souberam quem foi. Aliás só hoje foi revelado. Esses funcionarios da estrada eram parentes do Edinho da Fauzi e Cezario.Lembro da d. Mariquinha,mulher do feitor,que tinha uma boa horta. Mudaram mais tarde,foram transferidos para a parada Gavião Gonzaga,certamente   uma promoção,pois a serra era o trecho mais importante da ferrovia.O Pedrinho Paulo deve ter um milhão de historias da Estrada de Ferro. Tomara que  o  Edmundo tenha alguma foto do trolinho.Será maravilhoso rever.Voces vão gostar. 
Do outro lado da rua,logo ali, atravessando a linha do bonde,morava o seu Antonio Damas e sua esposa d. Maria Damas. Católicos, sérios, respeitadíssimos, frequentadores da Igreja de N.S. da Saude.Eram os avós do amigão José Roberto Cintra. Essa Jaguaribe era movimentadíssima. Quase diariamente,esperavamos a boiada que vinha lá dos lados do Imbiri,bem antes da casa dos Abrantes, que ainda não eram nossos amigos.A boiada ia em direção ao matadouro, que ficava no fim da rua do cemiterio velho.Toda a molecada torcia pelo estouro da boiada para ver a destreza dos boiadeiros,no laço,  contra as vacas.Como bom moleque a gente torcia para a vaca.
Tudo isso para vocês terem uma ideia ligeira como foi a nossa primeira infancia e como era Campos do Jordão na época.Fui jogando a conversa fora, sem me preocupar com o peso e significado das palavras,sem necessidade de convencer ninguem, quando, no dia a dia,uma palavra e meia , não basta,precisa pedir reconsideração. Estou só contando causos,sem necessidade de forma,virgula e formatação,como se estivesse com vocês na sala da lareira.Neste papo, só para a  plateia da familia , estou à vontade.
Desse quintal da Jaguaribe  toda a primaiada de S.Paulo aproveitou muito.Todos os Cagnos, da tia Scylla e tio Helio, Helinho ,Roberto,Paulo e Sergio ; os Castagnas do Tio Luiz e Elvira,Claudio,Cleide e Marcos; Os Castagnas do Tio Alfredo e Yole, Scylla ,Sergio e Sonia ;as meninas da tia Tilde,Myriam e Deisy, e a Fernanda da tia Pepa.Era sempre uma festa recebe-los.
As brincadeiras da época nada mais eram que brincadeiras de criança mesmo.Bola de capotão,pião, bolinha de  vidro,que  hoje chama gude, garrafão, pega pega,esconde esconde,barra manteiga, cabra cega,amarelinha, cantigas de roda,boneca de pano.Quase todos da rua tinham um cachorro vira lata, criados no quintal, com restos da comida da gente.
Nós tinhamos a bibi,negrinha e bolinha, mais tarde o shakspeare,famoso shake. O Leo tinha uma vira lata chamado lord,amarelo.
 Todo esse bla bla bla  para voltar ao quintal da foto  e completar o que eu na verdade queria dizer.Voltem para a foto e vcs vão ver à esquerda uma sombra comprida  de uma planta delgada projetada como linha reta. Era a sombra de uma roseira que a Vovó Lydia cuidou por  mais de 20 anos,sempre dando uma rosa cor de rosa, de mais de 10 cm de diametro. Do lado direito da foto,uma outra sombra , de uma pessoa que estava batendo a foto em uma maquina de caixotinho,marca Agfa , alugada do Manoel fotografo. Dá para ver que era a vovó,pelo penteado da época. Ela sempre esteve por  trás de tudo na vida , para que  todos pudessem sair bem na foto.Sempre. Sempre. Ao longo da vida nunca ela nos faltou.Verdadeira muralha.
Nenhuma das dificuldades que a vida lhe aprontou consegui vergá-la. A ausência precoce do pai, a jornada de trabalho iniciada aos 12 anos, a dificuldade para estudar, a doença do marido,a vinda para Campos com dois filhos, verdadeiro desafio para a época,a guerra e as difuculdades economicas, e mais tarde,quando tudo indicava que ela iria sucumbir, com a perda  da filha nas circunstancias  que ocorreu, vem ela com uma energia , vitalidade,coragem e ousadia,  dar conta do recado ,com perfeição. Carinhosa sem ser dengosa,sábia sem ter estudado .Mãe.
Como ela gostava de lembrar de aniversários , sem esquecer de nenhum e ,como neste dia  12 de abril, seria o seu CENTENÁRIO, lembrei do dela, como se fosse necessário de data para lembrar.
Ela teve a felicidade de conhecer todos os netos,deu banho em todos e conhecia o paladar, e provia, a cada um deles.

Parabéns
Beijos para todos vocês,

Meus filhos, esposa e sobrinhos , todos queridos.

Do pai, marido e tio.

Guilherme

No dia 16/06/2017, já na era dos grupos de whatsapp, o Tio Gui, mandou no nosso grupo da família Cersosimo essa mensagem seguida do vídeo a seguir:
Há exatos 100 anos  chegava de Jahu a Familia Cersosimo e se instalou nessa casa da Rua 13 de Maio no Bixiga, rsquina da R Cons Carrão. As filhas Pepa Mena e Ophelia, junto com os pais, Guglielmo e Annunziatta ficavam na parte de cima e os rapazes, Gildo, Mario e Orlando no porão. (Histórias da Familia)


Tio Gui continua:
- Há exatos 117 anos nascia o Vovô Gildo em MORMANNO na casa que só o Leme conhece in loco e que fotografou  com uma câmera Olimpus. Na época (09 de setembro de 2000),  se dispunha de celular, mas não com câmera.(Histórias da Familia)





 











3 comentários:

  1. Nossa, como me lembro de muita coisa escrita pelo querido Guilherme. Moravamos na ultima casinha da Incos, no fim da rua, minha mae Ophelia, eu e minha irma Maria Helena, mais conhecida como Lena. Eu nao sei quantos anos tinha quando nos mudamos para Campos pela segunda vez, mas na festa da Maca III na qual fui "princeza" tinha 15 e Lena 5. Dora Lygia e eu eramos muito amigas, estudavamos juntas, acho que aprendemos a fumar juntas, namoravamos, escreviamos poesias, ouviamos a famosa e saudosa ZYL-6, com a maravilhosa voz de..... Chaves, senao me engano. Adorava quando era convidada a almocar ou jantar em sua casa, e achava muito especial pois havia sempre sopa antes, a mesa sempre muito bonita e arrumada..
    Guilherme me ajudou a "esquecer" um namorado..
    Como essas lembrancas nos levam a um passado que pensavamos esquecido... e realmente nao era. Senti muito saber da morte da Dora Lygia, depois que me mudei para SP em 1956 ou 57, perdi contato com todos e so vim a saber muitos anos depois. Um abraco muito carinhoso a todos da familia dela, acho que estao fazendo um trabalho fantastico resgatando tudo sobre sua vida, e seu amor.

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    1. Obrigada pelo depoimento lindo Marcia Krum. Gostaria no entanto que me mandase um depoimento mais específico sobre Dora Lygia (por email) para que eu possa postá-lo adequadamente na GRANDE PÁGINA DE DORA LYGIA. Bjs. Lygia.

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