Tenho dias de fada e tenho dias de bruxa...
Metade de mim é fada, a outra metade é bruxa. Uma escreve com sol, a outra escreve com a lua. Uma anda pelas ruas cantarolando baixinho, a outra caminha de noite dando de comer à sua sombra. Uma é séria, a outra sorri; uma voa, a outra é pesada. Uma sonha dormindo, a outra sonha acordada. Sou assim... meio maga patalógica, meio el diablo, meio insossa, nada disso e tudo isso junto e misturado. Sei o que sei, quero saber o que não sei. Sou, mesmo quando não sou e estou mesmo quando não estou - aprendi todas as contrariedades: existo ainda mais na ausência. Sou curiosa, nada sutil, quase sem pavio. Fui crime... serei poesia. Sou consternada, inconformada, apaixonada, namorada. Na maioria das vezes sou claramente confusa e de uma clareza atordoante. Queria ser melhor, mas faço o que posso. Acontece que não errar às vezes é errar em dobro. Penso e “des-penso” mil vezes por milionésimo de segundo. Acho que sei, sei que sei, e muitas vezes não sei de nada. Mas sei!
Experimente me entender, neste emaranhado de coisas. Eu sou feita de: Sonhos interrompidos, detalhes despercebidos, amores não resolvidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou: Amor e carinho constante, distraída nunca o bastante; Não paro por um instante. Já tive noites mal dormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles que eu julguei e coisas que eu falei. Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo. Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei (e ainda uso), os nervos a flor da pele em dias intercalados, os segredos que guardei. Eu sou minha praia preferida; Aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai. Eu sou o que eu lembro. E busco incessantemente o que não lembro. Sou a saudade imensa que sinto da minha mãe, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora; eu sou aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de filme que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, sou o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junto, a gargalhada, o beijo. Eu sou o que eu desnudo. Ou escondo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, sou desprezo pelo que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Sou aquela que rema, que cansada desiste lamentando a fraqueza; sou a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, eu sou o que eu queimo. Eu sou aquilo que reivindico, o que consigo gerar através da minha verdade e da minha luta. Eu sou os direitos que tenho, os deveres aos quais me obrigo, eu sou a estrada por onde corro atrás, serpenteio, atalho, busco, eu sou o que eu pleiteio. Sei bem que a ignorância é a maior multinacional do mundo. Sou revolta e inércia. Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Eu estou bonita, mas não sou bela. Tenho pecados, mas não sou o diabo. Sou boa, mas não um anjo. E eu não sou só o que como e o que visto. Eu sou o que eu requiro, recruto, rabisco, trago, gozo e leio. Eu sou o que ninguém vê. Tenho vontades para suprir e um monte de janelas para abrir. Sem saída, aceito minha condição restrita, mas faço ser intenso tudo que já conheci. Posso até ser limitada do lado de fora, mas as minhas recordações não me deixam mentir: aqui dentro o espaço é imenso!...Um dia você Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Mas não deixo de continuar tentando.
Experimente me entender, neste emaranhado de coisas. Eu sou feita de: Sonhos interrompidos, detalhes despercebidos, amores não resolvidos. Sou feita de choros sem ter razão, pessoas no coração, atos por impulsão. Sinto falta de lugares que não conheci, experiências que não vivi, momentos que já esqueci. Eu sou: Amor e carinho constante, distraída nunca o bastante; Não paro por um instante. Já tive noites mal dormidas, perdi pessoas muito queridas, cumpri coisas não-prometidas.
Muitas vezes eu desisti sem mesmo tentar, pensei em fugir para não enfrentar, sorri para não chorar. Eu sinto pelas coisas que não mudei, amizades que não cultivei, aqueles que eu julguei e coisas que eu falei. Tenho saudade de pessoas que fui conhecendo, lembranças que fui esquecendo, amigos que acabei perdendo. Mas continuo vivendo e aprendendo. Eu sou os brinquedos que brinquei, as gírias que usei (e ainda uso), os nervos a flor da pele em dias intercalados, os segredos que guardei. Eu sou minha praia preferida; Aquele amor atordoado que vivi, a conversa séria que tive um dia com meu pai. Eu sou o que eu lembro. E busco incessantemente o que não lembro. Sou a saudade imensa que sinto da minha mãe, a infância que eu recordo, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora; eu sou aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de filme que me arrancou lágrimas, eu sou o que eu choro. Eu sou o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, sou o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junto, a gargalhada, o beijo. Eu sou o que eu desnudo. Ou escondo. Eu sou a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, sou desprezo pelo que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá. Sou aquela que rema, que cansada desiste lamentando a fraqueza; sou a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, eu sou o que eu queimo. Eu sou aquilo que reivindico, o que consigo gerar através da minha verdade e da minha luta. Eu sou os direitos que tenho, os deveres aos quais me obrigo, eu sou a estrada por onde corro atrás, serpenteio, atalho, busco, eu sou o que eu pleiteio. Sei bem que a ignorância é a maior multinacional do mundo. Sou revolta e inércia. Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura. Eu estou bonita, mas não sou bela. Tenho pecados, mas não sou o diabo. Sou boa, mas não um anjo. E eu não sou só o que como e o que visto. Eu sou o que eu requiro, recruto, rabisco, trago, gozo e leio. Eu sou o que ninguém vê. Tenho vontades para suprir e um monte de janelas para abrir. Sem saída, aceito minha condição restrita, mas faço ser intenso tudo que já conheci. Posso até ser limitada do lado de fora, mas as minhas recordações não me deixam mentir: aqui dentro o espaço é imenso!...Um dia você Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto. Mas não deixo de continuar tentando.
(Esta é uma compilação de textos encontrados na internet ao longo do tempo. Infelizmente não tenho os créditos. Não foi proposital.)
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