Venha do silêncio envolto na poeira
beijar minha sedenta flor,
venha sofrer a luz de minha cegueira
e ver a ventura deliciosa do amor.
Venha comer o fruto que se diz proibido,
deixar livre o corpo trêmulo e intuitivo,
venha sugar o fruto dessa aventura
nessa viva fonte de ternura.
Venha aliviar-me de torturas caóticas
afogando-me em carícias exóticas,
venha alçar a eternidade de um rápido momento
no prazer, no amor, na dor e no arrebatamento.
Venha combater pelo seu tempo no espaço,
debater o corpo no sorriso que traço,
venha aninhar-se formoso na forma de ninho,
acalentar carinhoso a suavidade desse carinho...
Dom Lopes
Leitão
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