sábado, 24 de setembro de 2011

De repente

De repente
Não mais que de repente
Olhares se colam e calam
Profundamente
No peito e nas palavras não ditas

Não mais que num segundo
O mundo inteiro explode e se condensa
Derrete e se converte em luz :
Brilho enfeitiçador nos lábios
e nas gotas do olhar
(Quase dói ser feliz!)

Não mais que num repente
Os caminhos tornam a cruzar
Mãos a se prender
Lábios e dentes a se ofertar
No mesmo e antigo ritual de se doar
E esquecer todas as outras dores.
 
Dom Lopes Leitão

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