O que me move não é o lugar em si...
Eu poderia visitar qualquer lugar e voltar com a bagagem cheia de novos olhares. Andar poucos quilômetros e achar que vi o suficiente para me surpreender ou percorrer longas distâncias e ter certeza que o mundo é bem maior do que a minha imaginação possa suspeitar. O que me move não é o lugar em si, mas a minha sede de paisagens. Existe uma inquilina morando em mim que é nômade, dona de uma inquietude um pouco difícil de explicar. Preciso ir, porque quando eu vou me sinto em casa. Quando conheço coisas novas me sinto inteira. Sair da mesmice me faz entrar em contato com coisas que desconheço quando estou na minha zona de conforto. Ir até à esquina ou até o outro continente sempre foi e sempre será o menos importante. Enquanto eu tiver o olhar afiado e meu interior afinado, chego em qualquer lugar com jeito de quem vem de longe, mas com a intimidade de quem sempre esteve ali.
~ Fernanda Gaona
Just Go!
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