Quem dera eu aprendesse a viver cada
dia como se fosse o último.
O último pra esquecer tolices.
O último para ignorar o que, no fim das
contas, não tem a menor importância.
O último para rir até o coração dançar.
O último para chorar toda dor que não
transbordou e virou nódoa no tecido da vida.
O último para deixar o coração aprontar todas as artes que quiser.
O último para ser útil em toda circunstância que me for possível.
O último para não deixar o tempo escoar inutilmente entre os dedos das horas.
Ana Jácomo
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